Entrevista Mob IN – Giullia Scaglione
Entrevista, Mobilidade / 2021-04-30
Aluna italiana em mobilidade fala suas experiências no intercâmbio em entrevista a ARI@POLI.
Entrevista feita pelos coordenadores da Assessoria de Relações Internacionais da Escola Politécnica de Pernambuco com a aluna Giullia Scaglione, estudante de MOB IN vinda da POLITO (Politecnico di torino) da Itália, que realizou a aplicação para passar um semestre em 2019 estudando na POLI em mobilidade acadêmica:
Emilia: Como foi o seu processo de aplicação?
Giulia: Depende. Tem dois concursos normalmente. Para o primeiro semestre e para o segundo semestre. Eu fiz o primeiro semestre porque o nosso ano vai de setembro até junho/julho. Fiz essa pergunta e pedi o Application Form e depende de Arquitetura, Engenharia e há vários destinos. Tem vários para mim, engenharia elétrica eletrotécnica e eu gostava do Extra Europa, Erasmus Europa, Doutorado, Graduações e é muito complexa. Então eu vim para Engenharia Elétrica Extra Europa e eu queria vir só pro Brasil ou México, mas México era de semestres e não sabia se podia ficar só 1 semestres e Brasil era mais certo. Apliquei também para o Erasmus Europa e estava quase ganhando os dois mas tinha que responder antes da Europa se eu queria ir pro Brasil e ali começaram a mandar o contrato, as documentações para aqui.
Emilia: Quem entrou em contato com você?
Giulia: Da Poli? Só a ARI. Beatriz. Estava sempre seu nome no email.
Emilia: Não foi a reitoria?
Giulia: Sempre foi ARI
Emilia: Teve alguma dificuldade no processo de aplicação?
Giulia: Não. Foi normal e tudo por email. O email da ARI estava sempre muito claro, então foi muito fácil.
Emilia: Teve alguma dificuldade ao chegar no Brasil? Você recebeu o Welcome to Poli?
Giulia: Recebi.
Emilia: Serviu de alguma coisa? Foi útil?
Giulia: Foi útil. Eu estava buscando apartamento e nele tinha alguns sites para procurar apartamento. Aqueles sites não tinham muitos anúncios e achei melhor o FaceBook e só consegui encontrar o apartamento ao chegar na Poli conversando com os alunos da Poli.
Emilia: Como foi o processo de acolhimento inicial na Poli? Você sabia que tinha que vir pra cá?
Giulia: Foi bom. O primeiro mês sempre é difícil. Quando eu cheguei estava sozinha e ainda não tinha começado as aulas e além disso quando comecei a aula é sempre diferente pois a maneira da universidade é muito diferente. Na Itália temos aulas todos os dias, os estudantes e os professores não trabalham em outras empresas. Aqui é bem diferente, os alunos/professores não vão muito para a universidade porque todos trabalham. O calendário é muito diferente, vidas muito diferentes. O processo foi diferente. Eu sei que cada experiência é diferente.
Emilia: Quais eram suas expectativas ao fazer esse intercâmbio?
Giulia: Eu já fiz outro intercâmbio e já sabia como era mais ou menos. No outro intercâmbio fiquei com uma família e nesse fiquei sozinha. Queria aprender um idioma diferente e também conhecer outra cultura. Gosto de aprender e conhecer em geral e também outras pessoas da cultura.
Emilia: Você voltaria pro Brasil?
Giulia: Voltaria pras férias, mas pra viver só por uns anos e não pra toda vida. Eu achava que o Brasil seria muito inseguro e não foi assim, foi muito melhor do que eu acharia que fosse ser, então gostei muito.
Emilia: Você achou tranquilo pegar ônibus?
Giulia: Sim, mas geralmente faço tudo caminhando.
Emilia: Então atendeu suas expectativas?
Giulia: Sim
Emilia: O quanto agregou em sua vida profissional e pessoal?
Giulia: O meu estágio foi bem diferente e prático e vai agregar bastante. Esse intercâmbio foi bem diferente do outro, pois tive que fazer tudo sozinha e com ajuda de pessoas que conheci a pouco tempo. Foi desafiador.
Emilia: Você indicaria a POLI para outros alunos da Itália?
Giulia: Sim, mas tem que saber como é aqui e ver como ela é antes.
Emilia: E como é?
Giulia: As aulas são de noite (o que não é ruim, mas sim diferente). Os professores chegam tarde e trabalham em empresas em que os conteúdos são mais práticos, com laboratórios. As pessoas aqui trabalham e já fazem coisas práticas, o estágio foi prático.
Emilia: O que podemos fazer para melhorar o acolhimento?
Giulia: Meu coordenador me ajudou, mas foi professor das minhas cadeiras e foi uma referência. Os padrinhos não ajudaram muito porque só conheci depois de 3 meses e já tinha me resolvido
Emilia: Se os padrinhos tivessem sido mais cedo, teria sido melhor?
Giulia: Sim, sim, teria ajudado bastante.
Emilia: O que você acha que poderíamos melhorar no acolhimento?
Giulia: Mais atividades culturais e padrinhos no começo.
Emilia: O que poderíamos ajudar no retorno?
Giulia: No retorno o mais importante é a documentação.
Emilia: Aqui na POLI o único documento é o histórico que você pega na escolaridade.
Emilia: Que nota você daria para essa experiência?
Giulia: 10
Ruben: Qual a sua expectativa em termos profissionais? O que te trouxe pra Poli?
Giulia: Aqui é mais prático e as cadeiras são mais práticas. Desenvolvi mais o pensamento prático, uma abordagem mais direta.